quinta-feira, 29 de março de 2012

Voltei Recife - Alceu Valença


Maria Rita - Novo Amor


a luz apaga porque já raiou o dia
e a fantasia vai voltar pro barracão
outra ilusão desaparece quarta-feira
queira ou não queira terminou o carnaval

mas não faz mal, não é o fim da batucada
e a madrugada vem trazer meu novo amor
bate o tambor, chora a cuíca e o pandeiro
come o couro no terreiro 
porque o choro começou

a gente ri
a gente chora
e joga fora o que passou
a gente ri
a gente chora
e comemora o novo amor

Maria Rita - Encontros e despedidas


Antonio Carlos Jobim - Chega De Saudade


Paco de Lucia "la Barrosa"


L'Orchestre de Paris accueille la trompettiste Alison Balsom


quarta-feira, 28 de março de 2012

Paco de Lucia - live @ Tel Aviv 2011


Ella Fitzgerald - Louis Armstrong - Dream a Little Dream of Me


Alison Balsom, Haydn Trumpet Concerto em Eb, 1 º mov


Alison Balsom - Paganini Caprice N º 24


"Caprice", Alison Balsom's third album for EMI Classics includes of transcriptions of well-known classics especially written for -- and in many cases by -- Alison herself. One of Alison Balsom's musical ambitions is to widen the repertoire for her instrument, following in the footsteps of the great trumpet legend Maurice Andre. The new album showcases her beautifully pure trumpet sound, and includes popular favourites such as Bellini's Casta Diva, Mozart's 'Queen of the Night' aria, as well as sexy and edgy arrangements of works by Piazzola and de Falla.

Libertango (Alison Balsom) - Last Night of the Proms 2009


segunda-feira, 26 de março de 2012

Hier encore (legendado)


Jean Baptiste Lully : Le Triomphe de l'Amour (Ouverture) - Musica Antiqua Köln


Les Indes Galantes - Traversez Les Plus Vastes Mer




Premier Acte
Claron McFladden - soprano William Christie - Director Les Arts Florisantes Jean Philippe Rameau
Claron McFladden - soprano
William Christie - Director
Les Arts Florisantes

La vie en rose - Louis Armstrong


Joao Gilberto & Strings - Besame Mucho


quinta-feira, 22 de março de 2012

Mahler - Sinfonie Nr. 5 (Maazel, BR)


Capiba - É de Tororó - Nação Nagô - Eh! Luanda - Minha Ciranda - Recife, Cidade Lendária..


Vídeo dedicado ao JORNALISTA LUIS NASSIF, por seu amor a Olinda e Recife e por seu excelente trabalho de divulgação da MÚSICA POPULAR BRASILEIRA.

Lourenço Fonseca Barbosa (CAPIBA), nasceu em 28/10/1904 Surubim, Pernambuco. Faleceu em 31/12/1997 Recife, Pernambuco. Compositor. Instrumentista.

É de Tororó/Nação Nagô/Eh! Luanda (maracatus) -- Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco
Minha Ciranda -- Lia de Itamaracá, Guias-Mirins de Olinda
Recife, Cidade Lendária -- Expedito Baracho Narração dos Guias Mirins de Olinda
Olinda, Cidade Eterna Expedito Baracho Guias Mirins de Olinda
Um pernambucano no Rio -- Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco
Depoimento de Capiba
Valsa Verde -- Capiba
Valsa Verde -- Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco
Minha Ciranda -- Lia de Itamaracá
Músicos:
Expedito Baracho -- Voz
Lia de Itamaracá -- Voz
lvanildo Maciel -- bandolim
Rossini Ferreira e Marco Cesar -- bandolins
Adelmo Arcoverde -- violão e viola sertaneja
Nilton Rangel -- violão Suguiyama e viola sertaneja
João Lira violão -- Suguiyama e viola sertaneja
Henrique Annes -- violão
Marcos Silva Araújo -- baixo acústico
Geraldo Leite -- bombo, tarol, zabumba
Passarinho -- percussão diversa
Mário Moraes Rego -- cavaquinho

Edith Piaf - Les feuilles Mortes


quarta-feira, 21 de março de 2012

Oráculo da fé - Fátima Quintas - Recife



Se dependesse das orações de Zacarias a chuva já teria inundado o pequeno lugarejo do sertão. A terra vermelha, a lembrar um barro abandonado, recusava-se a receber sementes para a lavoura de sobrevivência. Há quanto tempo o sol não permitia a menor brecha às nuvens pressagiadoras de trombas d'águas. O gado morria de fome. Esquelético. Sedento. Aniquilado pelas durezas de um verão sem fim. Promessas não faltavam. Até mesmo Zé do Bio, um cético inveterado, começava a sentir necessidade de apelar para a bondade dos santos. 
E a Igreja, no fundo da praça da vila, reunia os paroquianos para elevar preces ao céu. As novenas se repetiam; as ave-marias e os padre-nossos, decantados em voz alta, entoavam o coro das lamentações. Os ecos estrondavam na igual intensidade do sofrimento.
A fé, essa era inabalável. Zacarias arregaçou as mangas, juntou as mãos num ato de contrição, franziu a face e ajoelhou-se. Não havia mais nada a fazer. Os riachos secaram e o filete d'água que corria já no alto do morro de Chico Bento agonizava. Tônico tinha razão, o fim do mundo começava a se prenunciar e de nada valia o esforço de tentar reverter a situação. Na verdade, nunca vira coisa assim antes. Mas, não podia fraquejar em face da hecatombe. Já passara por momentos semelhantes, agora urgia um mínimo de esperança.
Chegou em casa desanimado. Sebastiana conseguira na venda ao lado um pouco de café e o pão de sábado serviria para enganar a fome. À sua frente, o calendário, com o coração de Jesus à mostra, ostentava o dia da semana; segunda-feira. Tudo começava de novo, a luta aguerrida por uma refeição, pelo menos uma, nas vinte e quatro horas de angústia. Quantas vezes foi dormir à míngua! O estômago vazio, o corpo emagrecido, as forças se esvaindo numa paisagem esturricada de desespero.
O rosto, queimado de sol, emoldurava o cinzento dos olhos decaídos pela letargia de um mormaço implacável. Da janela, divisou os galhos secos espalhados pelo deserto, terra de ninguém, devastação completa, crianças brincando com a própria desgraça, o vira-lata de Nestor, da ribanceira dos Solitários, mal podendo andar, enfraquecido, pele e osso... Diante de si o apocalipse anunciado.
Sebastiana conhecia muito bem os desígnios do sertão. Nascera ali. Crescera em meio a desastres ecológicos. Derrubada de árvores, exaustão da terra com plantios inconseqüentes, pior, estiagem prolongada a reclamar a tenacidade dos fortes. Apesar do sacrifício cotidiano, a brava mulher arregimentava forças para prosseguir. Era ela a grande obstinada. Ele se abatia com os reveses de uma região maltratada pela aridez do clima. Homem da Zona da Mata, percorreu os caminhos da cana e sabia-se um injustiçado, bóia-fria de latifundiários, a trabalhar sazonalmente em plantações de açúcar. Apaixonara-se por Sebastiana. Casaram-se e foram morar numa pequena vila próxima a Salgueiro. No início, a rotina parecia fácil, lavouras de sobrevivência, verduras fresquinhas enchiam-lhe a boca de saliva. Zacarias recusou o sonho. Tudo mudara. Restava-lhe a fé que ainda o sustentava. Olhou para o lado e viu a mulher saindo de terço na mão, livro de missa e véu na cabeça. A igreja tocava o sino. Era hora de rezar.
x

Deixa eu gostar de você > Fátima Irene


Deixe-me gostar de você feito criança porque descobri que é o único jeito que consigo gostar de verdade, sem confusão, sem hipocrisia. 
Deixe-me gostar de você da forma mais simples, sem porquês, sem perguntas, sem articulações.
Se eu ou você pensarmos muito e nos colocarmos sob o crivo da razão, teremos que ver entre as nossas qualidades também os nossos defeitos. 
Teremos que ver a treva que coabita com a nossa luz. 
Então deixe-me gostar de você como criança. 
Criança gosta sem pensar. 
Deixe-me gostar de você sem cobranças, sem compromissos que não sejam aqueles que nós dois estabelecemos para nós mesmos e não aqueles que os homens inventam que devemos seguir à risca, toda vez que resolvemos gostar. 
Deixe-me gostar de você da forma mais inocente que eu puder. 
Neste gostar permita-me descartar toda a cultura, filosofia, modismos, conceitos ou preconceitos, dogmas, todo e qualquer mandamento ou imposição que venham de fora. 
Quero apenas ouvir meu coração, assim como quero que você ouça o seu. 
Se eu ficar com você um minuto, uma semana, um mês ou um ano, 
que seja pelo real prazer de ficar, pois aprendi que não é a duração, mas a qualidade que transforma um único minuto numa experiência com gosto de eternidade. 
Deixe-me gostar de você sem expectativa, sem planos para o futuro, sem gaiolas que limitem o meu querer porque o futuro é tão incerto e nunca é do jeito que pensamos. 
Se nos gostarmos de verdade, é possível que haja muitas ações no presente, e é só isto o que verdadeiramente importa. 
Acima de tudo, deixe-me gostar de você deixando-o completamente livre para ficar ou para partir. 
Deixe-me gostar de você sem máscaras e sem verniz. 
E se um dia eu disser adeus e partir, creia, será no exato momento em que eu descobrir que já não sou mais capaz de me fazer ou de lhe fazer feliz.

"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel

terça-feira, 20 de março de 2012

A escrivã na cozinha - Adélia Prado



Só Deus pode dar nome à obra completa
— de nossa vida, explico — mas sugiro

Ao meio-dia, um rosal,
implica sol, calor, desejo de esponsais,
a mãe aflita com a festa,
pai orgulhoso de entregar sua filha
a moço tão escovado.
Nome é tão importante
quanto o jeito correto de se apresentar a entrevistas.
Melhor de barba feita e olho vivo,
ainda que por dentro
tenha a alma barbada e olhos de sono.
Sonhei com um forno desperdiçando calor,
eu querendo aproveitá-lo para torrar amendoim
e um pau roliço em brasa.
Explodiria se me obrigassem a caminhar por ele.
Ninguém me tortura, pois desmaio antes.
A beleza transfixa,
as palavras cansam porque não alcançam,
e preciso de muitas para dizer uma só.
Tão grande meu orgulho, parece mais
o de um ser divino em formação.
Neurônios não explicam nada.
Psicólogos só acertam se me ordenam:
Avia-te para sofrer — conselho pra distraídos—,
cristãos já sabem ao nascer
que este vale é de lágrimas.


Texto extraído do livro “A duração do dia", Editora Record – Rio de Janeiro, 2010, pág. 25.

Maria Bethânia. Os Argonautas (Caetano)


Maria Bethânia - Reconvexo (DVD Tempo Tempo Tempo Tempo)


Tempo, Tempo, Tempo, Tempo é o DVD de Maria Bethânia com imagens do show em que a cantora comemorou 40 anos de carreira, gravado no CIE Musica Hall, em São Paulo.

Mahler: Symphony No.3 - Jansons/BRSO(2010Live)




Gustav Mahler (1860-1911)
Symphony No.3 in D minor
Alto: Nathalie Stutzmann
Chor des Bayerischen Rundfunks
Tölzer Knabenchor
Mariss Jansons
Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks
Gasteig, München, 10 12/2010

Bedřch Smetana (1824-1884) – Má Vlast (Minha Pátria)


sábado, 17 de março de 2012

Vital Farias - Veja (Margarida)


Elomar - Canto de Guerreiro Mongoió


Xangai - Curvas do Rio - Elomar Figueira de Melo - KAU


J. P. Rameau - La Naissance d'Osiris - Premier & deuxième Tambourin


Como eu não possuo /

by Hélio Cambuí

Como eu desejo a que ali vai na rua, 
tão ágil, tão agreste, tão de amor... 
Como eu quisera emaranhá-la nua, 
bebê-la em espasmos de harmonia e cor!...

Desejo errado... Se eu a tivera um dia, 
toda sem véus, a carne estilizada 
sob o meu corpo arfando transbordada, 
nem mesmo assim - ó ânsia - eu a teria...

Eu vibraria só agonizante 
sobre o seu corpo de êxtases dourados, 
se fosse aqueles seios transtornados, 
se fosse aquele sexo aglutinante...

De embate ao meu amor todo me ruo, 
e vejo-me em destroço até vencendo: 
é que eu teria só, sentindo e sendo 
aquilo que estrebucho e não possuo.

(Mario de Sá Carneiro)

Vivaldi - Violin Concerto in G Major RV310


Handel - Harpsichord Suite in G Minor HWV432 - Mov. 6/6


Vivaldi - Bassoon Concerto in A Minor RV497


quinta-feira, 15 de março de 2012

Como posso viver longe de ti > Tassos Leivaditis

by Hélio Cambuí
Como posso viver longe de ti...
Como posso acender um candeeiro senão para te ver?
Como posso fitar uma parede por onde não perpassa a tua sombra?
... Como hei-de abrir uma porta se não for para ir ter contigo?
Como hei-de atravessar uma soleira se não for para te encontrar?
Não, não podia viver longe de ti...
Dá-me a tua boca por um momento...

(Tasos Leivaditis, Tradução de Manuel Resende)

Luciano Pavarotti & Jose Carreras & Placido Domingo


Kill Bill - Bang bang (my baby shot me down)


Adele - Set Fire To The Rain (Live at The Royal Albert Hall)


Asturias - Isaac Albeniz


O MAIS BELO POEMA GRATIDÃO QUE EU JA OUVI - OUÇA E REFLITA!!


terça-feira, 13 de março de 2012

Amor e tempo > Padre Antônio Vieira -



Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera !
São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda esta diferença é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor ?! O mesmo amar é causa de não amar e o ter amado muito, de amar menos. 

Assim penso, pois na vida tudo passa, só não o amor à Deus!

Chimarruts em "Do lado de cá" no Estúdio Showlivre


Charpentier - Marche de Triomphe H.547


Purcell : Chaconne





a Folia est, à l'origine, une danse dont il est fait pour la première fois mention dans un texte portugais du XVe siècle. Il s'agissait d'un rite chorégraphique lié à la fertilité lors duquel les danseurs portaient des hommes habillés en femmes sur leurs épaules. Le rythme rapide de la danse ainsi que son aspect insensé furent certainement à l'origine de son nom. Parmi un certain nombre de thèmes, émergea une mélodie de base. Jusqu'au milieu du XVIIe, elle se répandit en Italie (Follia) et en France (Folie d'Espagne) puis le thème évolua rapidement pour prendre sa forme définitive dans cette suite d'accords : réM/La7/réM/do/fa/do/réM/la7 réM/La7/réM/do/fa/do/rém-la7/réM Apparue aux alentours de 1650 puis publiée en 1672 par Lully, cette mélodie se stabilisera en se ralentissant et devint le thème d'innombrables variations dont les plus célèbres furent celles de Corelli parues en 1700. A partir de ce moment, Les Folies habitèrent consciemment et parfois inconsciemment la musique occidentale et ne la quittèrent plus. La plupart du temps, elles prirent la forme « thème et variations » ; parfois elles ne furent qu'une citation sans grand développement (J.S.Bach, Keiser); quelques fois, elles ne furent qu'une inspiration pour une autre mélodie (sarabande de Händel, chaconne de Purcell); elles sont même dissimulées dans certaines œuvres comme dans l'andante de la 5ème symphonie de Beethoven. Même si les XIXème & XXème siècles furent moins riches en Folias, elles inspirèrent de nombreux compositeurs tels que Liszt, Paganini, Rodrigo ou Rachmaninov qui intitula ses variations « sur un thème de Corelli » car il ignorait l'origine exacte de la mélodie. De nos jours, les Folies hantent encore notre imaginaire musical et l'on peut les retrouver dans des musiques de film (La B.O. de Barry Lyndon de Kubrick inspirée de la sarabande de Händel ou bien celle de 1492 de Ridley Scott composée par Vangelis.) et, plus surprenant, dans l'univers des jeux vidéo (bande sonore de Final Fantasy IX composée par Nobuo Uematsu).
21 Henry Purcell
1659-1695
Elève de John Blow, Henry Purcell lui succéda (à 22 ans) au poste d'organiste de l'abbaye de Westminster. Il cumula cet emploi avec celui d'organiste de la Chapelle Royale.
Mais ce n'est pas pour son œuvre instrumentale que Purcell est considéré comme un des plus grands compositeurs anglais mais plutôt pour son œuvre scénique. Purcell composa un certain nombre de "semi-opéras" comme The Fairy Queen (d'après Shakespeare) ou King Arthur et surtout le premier opéra anglais : Didon et Enée (1689).
Malheureusement, cet opéra fut le seul de cet auteur qui est considéré comme le premier et le principal musicien baroque anglais.
En effet, alors qu'une fois de plus Henry rentrait tard d'une soirée au théâtre, il trouva porte close. Son épouse, qui en avait peut-être assez de passer ses soirées seule avec ses gamins, ne répondit à aucun de ses appels et le pauvre compositeur dut passer la nuit dehors.
Or, le climat londonien étant ce qu'il est, Purcell en tomba malade et mourut quelques temps après. La musique anglaise ne s'en remit pas...
Purcell connaissait le thème de la Folia et ce n'est pas par hasard qu'il composa deux pièces inspirées de ce thème : un air de King Arthur et la chaconne extraite de The Fairy Queen. Dans les deux cas, Purcell arrange le thème en le modifiant, ce qui fait que stricto sensu elle ne sont pas considérées comme des pures Folies d'Espagne.
C'est la chaconne tirée de The Fairy Queen que je vous propose d'écouter.

Jordi Savall - Folías de España


domingo, 11 de março de 2012

Mayra Andrade - Leãozinho / Metropolis


mayra andrade - michelle (beatles cover)


Sarah Chang - Chopin Nocturne Violin NEW


Crème de la crème, simples assim!

Sarah Chang & Placido Domingo Sarasate Carmen Fantasy


Navega - Mayra Andrade


Lascia ch'io pianga - Rinaldo (1711) de Georg Friedrich Händel. Farinelli.


sábado, 10 de março de 2012

O perfume das maçãs > Eli Boscatto



Não adianta tentar reter o tempo. Ele escorre entre os dedos das mãos e deságua lá longe na imensidão da memória, deixando pelo caminho grandes e pequenos fragmentos de imagens, sabores e...os aromas! aqueles cheiros que nos fazem lembrar de momentos, lugares e pessoas.

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Ah! os aromas da infância! Se por acaso sinto algum, sou imediatamente remetida no tempo. Cheiro de café torrado, de bolo no forno, de pudim de pão, de mato recém cortado, de terra molhada; cheiro de Natal. Chego a pensar que nossa memória está localizada no nariz.
No jardim havia gerânios, antúrios, margaridas, todo tipo de folhagens. Mas me lembro muito de um pé de dama da noite porque sua flor só se abria ao anoitecer e deixava o ar impregnado com seu perfume mágico, daqueles que você fica aspirando para sentí-lo melhor.  
E o perfume das maçãs? Lembro que achava as maçãs muito bonitas, não eram comuns como a banana e a laranja, vinham embrulhadas uma a uma num papel de seda azul. Além das maçãs, tinham as uvas. Mas as maçãs eram especiais, vermelhas, saborosas e cheirosas. Por essa época também comecei a ouvia dizer que a maçã era a fruta símbolo do pecado original. Mas se o pecado era uma coisa ruim, como a maçã podia representar o pecado? Ficava imaginando como seria um "pé de maçã" cheinho delas.

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Não dá para descrever o prazer que era cheirar uma maçã antes de mordê-la. Não sei se perdi o sentido do olfato ou se ele mudou. Agora o Natal não tem mais aquele cheiro especial. Mas como pode a maçã ter perdido seu aroma? Teria sido imaginação? Descoberta de criança?
Do aroma das maçãs, só restou a lembrança. O prazer de comer uma maçã já não é o mesmo. Agora o cheiro mais comum que se impregnou em minhas narinas é o de uma estranha mistura de fumaça e concreto...e aquele aroma gélido do ar condicionado.
Teria eu perdido a sensibilidade do meu olfato?

Mayra Andrade > Stória


Zadok the Priest — Choir of Westminster Abbey


Handel: Water Music, Suite I


Bruch Violin Concerto 3rd Movement


Vivaldi - Documentary


Florbela > Eunice Pimentel




Encontro-me a breves momentos após ter assistido a estreia do filme “Florbela” de Vicente Alves de Ó, com a atriz Dalila Carmo como protagonista, Albano Jerónimo como Mário, o segundo marido de Florbela e Ivo Canelas como Apeles, o irmão, a sombra, o fantasma eternamente presente.
Após a separação violenta do primeiro casamento, Mário recolhe Florbela na sua casa de Matosinhos, perto do mar, mar este que a perturba: dia e noite, dia e noite o mar. Casam-se, mas Florbela não se adapta aquela vida calma, silenciosa e no dia em que recebe uma carta do irmão Apeles, corre para Lisboa ao seu encontro.

Perturbador é o adjetivo que encontro para definir aquilo que sinto. Não que estivesse à espera que fosse diferente. Sabia que seria, queria que fosse exatamente assim: perturbador. Não podia ser de outra maneira, afinal trata-se do retrato íntimo de parte da vida desta que foi a “poetisa eleita”, um nome marcante do painel da poesia portuguesa do século XX.
No silêncio inicial, em fundo negro do pensamento os versos do soneto “Eu”

“Eu sou a que no mundo anda perdida
Eu sou a que na vida não tem norte.”

A partir daqui tudo pode ser deduzido, até por aqueles que não a conhecem verdadeiramente, que leram apenas um soneto ou outro, que ouviram apenas a musicalização do poema “Ser poeta” dos Trovante. Tudo pode ser deduzido: insatisfação, perdição, inquietude, dor. Dor. Dor. “A dor é precisa para saber que se está vivo” diz-lhe Apeles após a sua morte trágica num acidente de aviação. Engolido pelo Tejo, levou com ele a alma de Florbela. Vê-o surgir nas ondas do mar em Matosinhos como um herói que espera, na espera da salvação de si.
Incompreendida, mulher demasiado mulher para o Portugal retrograda do fim da I República, Florbela tenta. Tenta ser a esposa ideal, a filha ideal, a irmã ideal, falha. Tenta ser mãe, falha. Tenta ser contida e tenta ser feliz, falha. Tenta amar e satisfazer-se, falha. Estas falhas sucessivas, esta contenção de fachada encaminham-na para a derradeira perdição, para a busca da morte e escreve-lhe “Morte, minha Senhora Dona Morte/Tão bom que deve ser o teu abraço!”
Toda a sua vida foi repleta de sofrimento, de dor extrema, elevada ao máximo. Nada a satisfazia. Nada. Nem o amor, nem a gente, nem grito, nem lágrima. Nem poema. Poema. Nem palavra. Palavra. Nada. Alma errante feita do extremo, do pleno ou do vazio. Do vazio em pleno.
Entre a realidade e o sonho, os poemas surgem. Não os comanda, surgem. Rejeita-os. Para ela aceitá-los seria a aceitação da sua própria indefinição, da sua própria loucura. Culpa-os. São os culpados da sua dor e infelicidade. Para os outros, os seus poemas são a mestria das palavras, a exteriorização absoluta do “eu” inquieto, insatisfeito, angustiado. A elite intelectual de Lisboa procura a poetisa, reconhecem-na e ao longo do filme a súplica imperativa: “Escreve! Escreve! Escreve!” Escrever seria prender Florbela à realidade, à sanidade, à vida.

Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/fome_e_sede_de_infinito/2012/03/florbela.html#ixzz1ogBpHlfV

quinta-feira, 8 de março de 2012

Norah Jones - Don't Know Why



Cássia Eller - Nando Reis - Relicário


Lin Feng Ting Mu Chan-pipa,erhu,dizi


Tribalistas - Já sei namorar


Jung Lin Performs Liszt's "Hungarian Rhapsody no 2"


Rosa de Hiroshima > Feliz Dia Internacional das Mulheres!!


Mulher

Você que busca no dia a dia sua
independência, sua liberdade, sua
identidade própria;

Você que luta profissional e
emocionalmente, para ser
valorizada e compreendida;

Você que a cada momento tenta ser a
companheira, a amiga, a "rainha do lar";

Você que batalha incansavelmente por seus
próprios direitos e também por um mundo
mais justo e por uma sociedade sem
violências;

Você que resiste aos sarcasmos daqueles
que a chamam de, pejorativamente, de
feminista liberal e que já ocupa um
espaço na fábrica, na escola, na
empresa e na política;

Você, eu, nós que temos a capacidade de
gerar outro ser, temos também o dever de
gerar alternativas para que a nossa Ação
criadora, realmente ajude outras
mulheres a conquistarem
a liberdade de Ser.

Autora: Ilza da Luz

quarta-feira, 7 de março de 2012

La piel que habito - Almodóvar


Crônica do Amor > Arnaldo Jabor


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim. 

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Me singing "I see you" (Leona Lewis) ~Avatar Soundtrack~


Adiemus Enya


terça-feira, 6 de março de 2012

Mayra Andrade - Leãozinho / Metropolis


Chris Isaak - Wicked Game - 16:9 - Widescreen - HD


Chris Isaak - Wicked Game


Marisa Monte e Julieta Venegas - Ilusion


Tudo passa > Emmanuel


São Miguel Arcanjo

Todas as coisas, na Terra,
passam...
Os dias de dificuldades,
passarão...
Passarão também
os dias de amargura
e solidão...
As dores e as lágrimas
passarão.
As frustrações
que nos fazem chorar...
um dia passarão.
A saudade do ser querido
que está longe, passará.
Dias de tristeza... 
Dias de felicidade... 
São lições necessárias que,
na Terra, passam,
deixando no espírito imortal
as experiências acumuladas.
Se hoje, para nós,
é um desses dias
repletos de amargura,
paremos um instante.

Elevemos
o pensamento ao Alto,
e busquemos a voz suave
da Mãe amorosa
a nos dizer carinhosamente:
isso também passará...
E guardemos a certeza,
pelas próprias dificuldades
já superadas,
que não há mal
que dure para sempre.
O planeta Terra,
semelhante
a enorme embarcação,
às vezes parece
que vai soçobrar
diante das turbulências
de gigantescas ondas.
Mas isso também passará,
porque Jesus está
no leme dessa Nau,
e segue com o olhar sereno 
de quem guarda a certeza
de que a agitação
faz parte do roteiro
evolutivo da humanidade,
e que um dia também passará...
Ele sabe que a Terra
chegará a porto seguro,
porque essa é a sua destinação.
Assim, 
façamos a nossa parte
o melhor que pudermos,
sem esmorecimento,
e confiemos em Deus, 
aproveitando cada segundo, 
cada minuto que, por certo...
também passarão..."
" Tudo passa..........exceto DEUS!"
Deus é o suficiente!