domingo, 30 de setembro de 2012

Antonio Vivaldi 9 Concertos for Transverse Flute,Kuijken


A. Vivaldi: La Fida Ninfa (RV 714) / The complete opera, Verona 1732 / Ensemble Matheus




ANTONIO LUCIO VIVALDI [1678 - 1741]

LA FIDA NINFA (RV 714)
Dramma per musica in tre atti
Libretto: Francesco Scipione Maffei
Verona, Teatro Filarmonico, 6 january 1732

source: ms. Giordano 39bis, Biblioteca Nazionale Universitaria (Turin)

SINFONIA (from L'OLIMPIADE, RV 725)
I. Allegro
II. Andante
III. Allegro molto

ACT I, SCENE 1
Recitativo - Aria [Oralto]: Chi dal cielo
ACT I, SCENE 2
Recitativo - Aria [Morasto]: Dolce fiamma, del mio petto
ACT I, SCENE 3
Recitativo - Duetto [Elpina, Osmino]: Dimmi pastore - Ninfa ti spiega
ACT I, SCENE 4
Aria [Licori]: Selve annose, erme foreste - Recitativo
ACT I, SCENE 5
Recitativo [Morasto, Narete]
ACT I, SCENE 6
Recitativo [Elpina, Morato]
ACT I, SCENE 7
Recitativo - Aria [Elpina]: Aure lievi, che spirate
ACT I, SCENE 8
Recitativo [Osmino, Licori]
ACT I, SCENE 9
Recitativo - Aria [Licori]: Alma oppressa da sorte crudele
ACT I, SCENE 10
Recitativo - Aria [Oralto]: Cor ritroso, che non consente
ACT I, SCENE 11
Recitativo - Aria [Morasto]: Dimmi, amore
ACT I, SCENE 12
Recitativo - Trio [Narete, Licori, Elpina]: S'egli è ver, che la sua rota

ACT II, SCENE 1
Recitativo - Aria [Licori]: Il mio core, a chi la diede
ACT II, SCENE 2
Recitativo - Aria [Elpina]: Egli è vano il dirmi ognora
Recitativo - Aria [Osmino]: Ah, che non posso, no
ACT II, SCENE 3
Recitativo - Aria [Narete]: Deh, ti piega, deh, consenti
ACT II, SCENE 4
Recitativo - Aria [Licori]: Amor mio, la cruda sorte
ACT II, SCENE 5
Recitativo [Osmino]
ACT II, SCENE 6
Recitativo - Aria [Oralto]: Ami la donna imbelle
ACT II, SCENE 7
Recitativo [Morasto, Licori]
ACT II, SCENE 8
Recitativo [Oralto, Morasto, Licori]
ACT II, SCENE 9
Recitativo - Aria [Osmino]: Qual serpe tortuosa
ACT II, SCENE 10
Recitativo - Aria [Morasto]: Destin avaro
ACT II, SCENE 11
Recitativo - Aria [Narete]: Non tempesta che gl'alberi sfronda
ACT II, SCENE 12
Recitativo - Quartetto [Osmino, Licori, Elpina, Morasto]: Così, su gl'occhi miei?

ACT III, SCENE 1
Recitativo - Aria [Elpina]: Cerva che al monte
ACT III, SCENE 2
Recitativo [Oralto, Elpina, Narete]
ACT III, SCENE 3
Recitativo - Aria [Oralto]: Ben talor meco s'addiro - Recitativo
ACT III, SCENE 4
Recitativo [Morasto, Oralto]
ACT III, SCENE 5
Recitativo - Aria [Licori]: Vado, si, dove a te piace
ACT III, SCENE 6
Recitativo - Aria [Morasto]: Vanne, ingrata, e per vendetta
ACT III, SCENE 7
Recitativo - Duetto [Osmino, Narete]: Pan, ch'ognum venera
ACT III, SCENE 8
Recitativo [Elpina, Narete]
ACT III, SCENE 9
Recitativo - Aria [Oralto]: Perdo ninfa, ch'era una dea
ACT III, SCENE 10
Recitativo - Aria [Morasto]: Dite, oimè! Ditelo, alfine
ACT III, SCENE 11
Recitativo - Aria [Elpina]: Cento donzelle
Recitativo - Aria [Morasto]: Tra inospite rupi
Recitativo - Aria [Licori]: Dalla gioia e dall'amore
Recitativo [Morasto, Osmino, Elpina, Licori, Narete] - Recitativo [Elpina, Licori, Morasto, Osmino, Narete]
Coro: Te invochiamo, o Giunone
Sinfonia 'Tempesta di Mare' - Aria [Giunone]: Dagl'egri mortali
Recitativo - Sinfonia - Recitativo
Recitativo - Aria [Eolo]: Spirti indomabili qual nuovo fremita
Recitativo - Menuet
Recitativo - Aria [Eolo]: Non temer, ché splenderà
Aria [Giunone]: Ma giovar questo non può

LICORI
Sandrine Piau (soprano)
MORASTO
Verónica Cangemi (soprano)
ELPINA
Marie-Nicole Lemieux (alto)
ORALTO
Lorenzo Regazzo (bass)
OSMINO OR TIRSI
Philippe Jaroussky (countertenor)
NARETE
Topi Lehtipuu (tenor)
GIUNONE
Sara Mingardo (alto)
EOLO
Christian Senn (bass-baritone)

Ensemble Matheus / Jean-Christophe Spinosi (conductor)
http://www.ensemble-matheus.fr/

2009 - DDD

Händel: Lascia ch'io pianga (Rinaldo) - Piau (Forck)

Lascia ch'io pianga" (Almirena) Aria em Fá maior para soprano, 2 violinos, viola e baixo contínuo Do 'Rinaldo' ópera, HWV 7 (n º 22) Libretto: Giacomo Rossi, em uma sinopse por Aaron Hill, depois de Torquato Tasso "Gerusalemme Liberata" (1581) Música: Georg Friedrich Händel (1685-1759)Primeira apresentação: 24 de fevereiro de 1711 em Londres (Teatro da Rainha, Haymarket) ___ Almirena: Sandrine Piau, soprano Akademie für Alte Musik de Berlim, conduzida por Bernhard Forck (concertino) Concerto: 20 de outubro de 2008, em Viena (Theater an der Wien) Pitch: A = 415 Hz ___Lascia ch'io pianga mia cruda sorte, e che sospiri la libertà. Il duolo infrangaQueste ritorte, miei de 'martiri sol por pietà. ___ Minha tradução: Deixe-me chorar sobre o meu destino cruel, e longo para a liberdade. Que tristezaquebrar meus laços, mesmo que apenas por pena para os meus sofrimentos.___ Neste espectáculo, os primeiros oito barras são primeiro desempenhado pelos instrumentos sozinho, depois com a soprano. Eu editei a pontuação de acordo (as duas primeiras fotos são adições). Marc D.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A Defesa da Liberdade Humana - A Defesa da Liberdade Humana - Vegílio Ferreira

O problema da liberdade foi o que sempre mais me preocupou. Tento pôr ordem nas minhas ideias, mas não é fácil. Fui da esquerda e mesmo da sua direita (porque a direita da esquerda é a mais esquerda, como a direita da direita, a mais direita). Fui-o porque ela era a favor da liberdade humana e se parecia que era contra a liberdade humana, era só por defender a liberdade humana. Hoje sou contra a defesa da liberdade humana, porque sou a favor da liberdade humana. Esquerdas e direitas dizem-me que se eu sou contra a defesa da liberdade humana, por ser a favor da liberdade humana, sou realmente contra a liberdade humana e estou por isso fazendo o jogo de uns ou de outros, consoante aqueles que me acusam. 
Ah, por favor, não me peçam explicações - sou homem, não sou político. Defendo a liberdade porque sou pela liberdade e por isso não devo defender a liberdade, porque para defender a liberdade teria de atacar a liberdade, o que me obrigaria então a defendê-la por ser a favor dela - merda! Sou pela liberdade, sou contra a opressão, e isto é simples, é humano, é evidente - disse! E não me chateiem mais. 

Vergílio Ferreira, in 'Estrela Polar'

Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse - Joaquim Pessoa




Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse
ou se ao menos me desses as mãos como quem beija
e não partisses, assim, empurrando o vento
com o coração aflito, sufocado de segredos;
se ao menos percebesses que eram nossos
todos os bancos de todos os jardins; se ao menos guardasses nos teus gestos essa bandeira de lirismo que ambos empunhamos na cidade clandestina
Quando as manhãs cheiravam a óleo e a flores e o inverno espreitava ainda nas esquinas como uma criança tremendo;
se ao menos tivesses levado as minhas mãos para tocar os teus dedos para guardar o teu corpo; se ao menos tivesses quebrado o riso frio dos espelhos onde o teu rosto se esconde no meu rosto e a minha boca lembra a tua despedida,
talvez que, hoje, meu amor, eu pudesse esquecer
essa cor perdida nos teus olhos.

Et Pourtant - Charles Aznavour


Charles Aznavour - Hier encore


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Elomar - Curvas da Rio


Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando


Elomar - Retirada


Cantiga de Amigo - Elomar

Lá na Casa dos Carneiros onde os violeiros
vão cantar louvando você
em cantiga de amigo, cantando comigo
somente porque você é
minha amiga mulher
lua nova do céu que já não me quer
Dezessete é minha conta
vem amiga e conta
uma coisa linda pra mim
conta os fios dos seus cabelos
sonhos e anelos
conta-me se o amor não tem fim
madre amiga é ruim
me mentiu jurando amor que não tem fim
Lá na Casa dos Carneiros, sete candeeiros
iluminam a sala de amor
sete violas em clamores, sete cantadores
são sete tiranas de amor, para amiga em flor
qui partiu e até hoje não voltou
Dezessete é minha conta
vem amiga e conta
uma coisa linda pra mim
pois na Casa dos Carneiros, violas e violeiros
só vivem clamando assim
madre amiga é ruim
me mentiu jurando amor que não tem fim
Lá na Casa dos Carneiros, sete candeeiros
iluminam a sala de amor
sete violas em clamores, sete cantadores
são sete tiranas de amor, para amiga em flor
qui partiu e até hoje não voltou
Dezessete é minha conta
vem amiga e conta
uma coisa linda pra mim
conta os fios dos seus cabelos
sonhos e anelos
conta-me se o amor não tem fim
madre amiga é ruim
me mentiu jurando amor que não tem fim.

Cantoria 1 - Cantiga do Estradar (Elomar)


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Chuva - Francis Ponge


A chuva, no pátio em que a olho cair, desce em andamentos muito diversos. No centro, é uma fina cortina (ou rede) descontínua, uma queda implacável mas relativamente lenta de gotas provavelmente bastante leves, uma precipitação sempiterna sem vigor, uma fração intensa do meteoro puro. A pouca distância das paredes da direita e da esquerda caem com mais ruído gotas mais pesadas, individuadas. Aqui parecem do tamanho de um grão de trigo, lá de uma ervilha, adiante quase de uma bola de gude. Sobre o rebordo, sobre o parapeito da janela a chuva corre horizontalmente ao passo que na face inferior dos mesmos obstáculos ela se suspende em balas convexas. Seguindo toda a superfície de um pequeno teto de zinco abarcado pelo olhar, ela corre em camada muito fina, ondeada por causa de correntes muito variadas devido a imperceptíveis ondulações e bossas da cobertura. Da calha contígua onde escoa com a contenção de um riacho fundo sem grande declive, cai de repente em um filete perfeitamente vertical, grosseiramente entrançado, até o solo, onde se rompe e espirra em agulhetas brilhantes.
Cada uma de suas formas tem um andamento particular; a cada uma corresponde um ruído particular. O todo vive com intensidade, como um mecanismo complicado, tão preciso quanto casual, como uma relojoaria cuja mola é o peso de uma dada massa de vapor em precipitação.
O repique no solo dos filetes verticais, o gluglu das calhas, as minúsculas batidas de gongo se multiplicam e ressoam ao mesmo tempo em um concerto sem monotonia, não sem delicadeza.
Quando a mola se distende, certas engrenagens por algum tempo continuam a funcionar, cada vez mais lentamente, depois toda a maquinaria pára. Então, se o sol reaparece, tudo logo se desfaz, o brilhante aparelho evapora: choveu.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A Comédia do Ambicioso - Friedrich Wilhelm Nietzsche


Um homem que aspira a coisas grandes considera todo aquele que encontra no seu caminho, ou como meio, ou como retardamento e impedimento, - ou como um leito de repouso passageiro. A sua bondade para com os outros, que o caracteriza e que é superior, só é possível quando ele atinge o seu máximo e domina. A impaciência e a sua consciência de, até aqui, estar sempre condenado à comédia – pois mesmo a guerra é uma comédia e encobre, como qualquer meio encobre o fim -, estraga-lhe todo o convívio: esta espécie de homem conhece a solidão e o que ela tem de mais venenoso.

Sarah Chang - Sibelius Violin Concerto in D minor [FULL]


WEISS - GIGUE - LUTE/GUITAR


The Celtic Viol (Vol. 2) / Treble Viol & Lyra Viol, Airs and dances / J. Savall & A. Lawrence-King


John Dowland Lute Works,Lindberg


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

LIQUID DROP - ARTE EM GOTAS D'ÁGUA - Eli Boscatto em 03 de set de 2012 às 04:19

Líquida esculpida pelo movimento 
Perco suas formas ínfimas 
em milésimos de tempo
onde meu olhar não alcança












Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/por_tras_do_espelho/2012/09/liquid-drop---arte-em-gotas-dagua.html#ixzz25RbZXKgh

Antes do Começo - Octavio Paz


Ruídos confusos, claridade incerta.
Outro dia começa.
Um quarto em penumbra
e dois corpos estendidos.
Em minha fronte me perco
numa planície vazia.
E as horas afiam suas navalhas.
Mas a meu lado tu respiras;
íntima e longínqua
fluis e não te moves.
Inacessível se te penso,
com os olhos te apalpo,
te vejo com as mãos.
Os sonhos nos separam
e o sangue nos reúne:
Somos um rio que pulsa.
Sob tuas pálpebras amadurece
a semente do sol.
O mundo
No entanto, não é real,
o tempo duvida:
Só uma coisa é certa,
o calor da tua pele.
Em tua respiração escuto
as marés do ser,
a sílaba esquecida do Começo.

Mon coeur s´ouvre à ta voix


Haydn String Quartet No.5 in F minor, Op.20, H.3/35


sábado, 1 de setembro de 2012

Viver em Paz - Emmanuel

Vivei em paz..."Paulo, (II CORÍNTIOS. 13:11.) 

Mantém-te em paz. É provável que os outros te guerreiem gratuitamente, hostilizando-te a maneira de viver; entretanto, podes avançar em teu roteiro, sem guerrear a ninguém. 
Para isso, contudo - para que a tranqüilidade te banhe o pensamento -, é necessário que a compaixão e a bondade te sigam todos os passos. Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação. 
Junto da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e na posição que lhes dizem respeito. 
Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho... Todos os que surgem, aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas ou ilusões. Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a luz da verdade e clamam irritadiços... Unge-te de piedade e penetra-lhes os recessos do ser, e identificarás em todos eles crianças espirituais que se sentem ultrajadas ou contundidas. 
Uns acusam, outros choram. Ajuda-os, enquanto podes. Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida. Aprendamos a compreender cada mente em seu problema. 
Recorda-te de que a Natureza, sempre divina em seus fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e conserva-a sem cessar. 
Ainda mesmo quando os homens se mostram desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre. 
Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos.