domingo, 1 de maio de 2011

TODAS AS MULHERES DE CHAPLIN


Considerado por muitos o maior comediante da história do cinema, genial no uso de mímica e na comédia pastelão, o inglês CHARLES CHAPLIN (1889-1977) conquistou milhões de pessoas em todo o mundo com o personagem Carlitos, um vagabundo delicado e andarilho, irreverente e sensível, que possui as maneiras refinadas de um gentleman, andar errático e ar angelical, usando fraque, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, chapéu-coco, bengala e um pequeno bigode. Ele dirigiu, escreveu, atuou, produziu e financiou seus próprios filmes, sendo fortemente influenciado pelo comediante francês Max Linder. Sua vida pública e privada abrangia adulação, controvérsias e escândalos, pouco se assemelhando ao encantador andarilho das telas. Namorador incorrigível e fascinado por mocinhas, ele se orgulhava de ser bem-dotado, chamando seu pênis de “a oitava maravilha do mundo” e se considerava uma máquina sexual, gabando-se de ser capaz de ter cinco ou seis orgasmos seguidos, com apenas alguns minutos de descanso. Galante e volúvel, envolveu-se com dezenas de mulheres. Listo abaixo seus relacionamentos mais famosos.




EDNA PURVIANCE
(1895-1958)

Nos seus primeiros anos em Hollywood, ainda na década de 10, à procura de uma estrela para o seu próprio estúdio, recomendaram a CHAPLIN uma loura de São Francisco. Foi amor à primeira vista. Bastante talentosa, ela estrelou ao todo 35 filmes com ele. No entanto, os dois não foram exatamente fiéis e se separaram, mas continuaram amigos e Edna permaneceu na folha de pagamento do ator até sua morte, vítima de câncer.


MILDRED HARRIS
(1901-1944)

Ele a conheceu numa festa. A garota tinha 14 anos, mas desde os 10 era atriz e já havia aparecido praticamente nua numa cena babilônica de “Intolerância/Intolerance”, de D. W. Griffith. Em 1916, com a sua suposta gravidez, ele se viu obrigado a casar, receoso de ser processado por estupro. Era uma armadilha, Mildred só ficou grávida dele de verdade em 1920, gerando uma criança deformada que morreu três dias após o nascimento. No mesmo ano se separaram, num divórcio marcado por acusações de crueldade e de infidelidade.


PEGGY HOPKINS JOYCE
(1983-1957)

Depois desse primeiro escândalo, CHAPLIN namorou essa experiente milionária, que havia trabalhado no célebre Ziegfeld Follies, conhecida também por seus golpes do baú. Os banhos que tomavam pelados numa praia na ilha Catalina foram noticiados em jornais de todo o mundo. O breve interlúdio amoroso inspirou o comediante em “Uma Mulher de Paris/A Woman of Paris: A Drama of Fate” (1923).



POLA NEGRI
(1894-1987)

CHAPLIN apaixonou-se perdidamente pela vamp polonesa ao conhecê-la em Berlim, em 1921, embora ela ainda não falasse inglês. Ficaram quatro dias “in love”, mas só voltaram a se reencontrar no ano seguinte, em Hollywood. Tornaram-se inseparáveis. Na imprensa o caso entre os dois era divulgado como “o Rei da Comédia seduz a Rainha da Tragédia”. Numa entrevista coletiva, anunciaram o noivado e falaram dos planos para o casamento. Cinco semanas depois, tudo estava acabado. Pola mostrou-se arrasada, declarando: “Ele é muito temperamental e tão instável quanto o vento. Dramatiza tudo. E faz experiências com o amor”. A diva faleceu de pneumonia no seu rancho no Texas.


LITA GREY
(1908-1995)

Aos 35 anos, durante a rodagem de “Em Busca do Ouro/The Gold Rush” (1925), ele seduziu Lita, que tinha apenas 15 anos e interpretava o principal papel feminino do seu filme. A mocinha ficou grávida e novamente ele foi forçado a se casar, em 1924, no México, mesmo tentando de tudo para evitá-lo, desde a sugestão de um aborto a uma oferta de 20 mil dólares. O relacionamento infeliz gerou dois filhos, culminando no divórcio em 1926, com a jovem atriz alegando publicamente que ele havia tentado filmar suas relações sexuais, sugerira uma outra mulher entre eles no leito conjugal e lhe pedira que aceitasse a felação, sendo que o sexo oral era crime na Califórnia. O depoimento cáustico transformou-se num popular panfleto, vendido aos montes, e vários filmes pornográficos foram rodados e exibidos, mostrando sósias de CHARLES CHAPLIN representando os atos que sua esposa descrevera como sugestões dele. Ele teve que desembolsar 650 mil dólares para se livrar dela e seus cabelos ficaram subitamente brancos. Lita morreu vítima de câncer generalizado.


MARION DAVIES
(1897-1961)

Ele supostamente traía Lita com a bela Marion Davies, carismática atriz amante do magnata da imprensa William Randolph Hearst. Nos piores momentos do seu casamento, ele se consolava com ela. No entanto, o casal infiel terminou por protagonizar um tenebroso caso no iate de Hearst, durante uma festa a bordo que resultou no fim trágico do produtor Thomas Ince, assassinado ao ser confundido com o comediante. Hearst encontrou Marion tendo relações sexuais comCHAPLIN, saiu para buscar uma arma, Marion começou a gritar e seu companheiro aproveitou para escapar. Ouvindo o barulho, Ince veio correndo e procurou consolar a atriz. Retornando, Hearst interpretou equivocadamente a situação, atirou e matou Ince. A história foi abafada na mídia, mas correu de boca em boca. Marion faleceu vítima de câncer, deixando uma fortuna estimada em 30 milhões de dólares.


PAULETTE GODDARD
(1910-1990)

Passado os anos, CHAPLIN voltou a se casar, desta vez secretamente, aos 47 anos, em 1936, com uma milionária de 25 anos que estava decidida a ser uma estrela de cinema. Ele a escalou para trabalhar em duas de suas obras-primas, “Tempos Modernos/Modern Times” (1936) e “O Grande Ditador/The Great Dictador” (1940). Depois de alguns anos felizes, este casamento também terminou em divórcio, em 1942, devido aos terríveis ciúmes que ele sentia da juventude e beleza de sua parceira. Pouco antes, havia tentado com afinco conseguir para ela o papel de Scarlett O’Hara em “...E o Vento Levou/Gone with the Wind” (1939). Como não foi a escolhida, concluiu que seu marido era mais um estorvo do que um auxílio e os dois se separaram. Viúva do escritor Erich Maria Remarque, Paulette morreu de enfisema na Suíça, onde vivia.


JOAN BARRY
(1920-1996)

Após a separação, ele deu umas saídas com a star Hedy LaMarr, mas terminou por namorar uma jovem aspirante a atriz, de 22 anos (ele tinha 52). Essa relação terminou quando ela passou a perturbá-lo com ciúmes e perseguições. Depois de alguns abortos e inúmeros abusos, como dançar nua no gramado da casa de CHAPLIN e ameaçá-lo com um revólver, Joan levou o ator a julgamento em 1943. Ele foi preso, fotografado e teve suas impressões digitais registradas. Ela exigia que assumisse a paternidade de seu futuro filho, mas exames de sangue comprovaram que o comediante não era o pai, porém na época, a lei exigia que, por ele ter sido o último parceiro com quem ela apareceu em público, mesmo não sendo o pai biológico, teria que assumir a criança, sendo condenado a pagar uma pensão de cem dólares por semana para a criança por fim registrada com seu sobrenome. Durante o julgamento, o ator afirmou sua virilidade e confirmou sua potência sexual excessiva.


OONA O’NEILL
(1925-1991)

Pouco tempo depois, ainda em 1943, casou-se com Oona, não agradando ao pai dela, o famoso dramaturgo Eugene O’Neill. Ele tinha 55 anos e ela somente 17, mas a enorme diferença de idade não afetou negativamente a união. Foram viver na Suíça e tiveram oito filhos, entre eles a atriz Geraldine. O último nasceu quando CHARLES CHAPLIN já estava na casa dos setenta anos. Este casamento longo e feliz durou até o fim da vida do comediante. “Se tivesse conhecido Oona ou alguém como ela há muito tempo, nunca teria tido tantos problemas com as mulheres”, declarou ele anos mais tarde. Oona faleceu de um câncer no pâncreas.


(Fonte: “A Vida Sexual dos Ídolos de Hollywood”, de Nigel Cawthorne)




Pois é....

É assim...
E se acordar a balbuciar monossílabos imperceptíveis acerca de qualquer coisa de errado nos meus sonhos tu vais compreender porque estou eu a dizer disparates àquela hora, porque a claridade da manhã por vezes estremunha-me as frases e só consigo pensar metaforicamente, e então tu chegas de mansinho e dizes bom dia com voz de pequeno-almoço e de doce de morango nas torradas, e eu sem querer já só consigo pensar no calor do teu corpo junto ao meu enquanto sorrio, e mentalmente peço que não faças nenhum movimento mais brusco, para eu não descontrolar as minhas mãos num deambular sobre o que é teu, e de repente a luz entrou no quarto e invadiu os cantos mais secretos, e era hora de sair de casa e ir ter com todas as pessoas, do metro, da rua, das salas, das cantinas, e ser como uma delas durante 2 segundos, e sentir horas e horas o vazio a devorar-nos as falas enquanto nos tentamos lembrar do que realmente éramos, e nos tentamos lembrar porque raio estamos longe um do outro se na língua nos ardem as palavras, do tanto que temos sempre a dizer um ao outro.