domingo, 27 de novembro de 2011

Os Homens sem Pé no seu Tempo - Miguel Torga, in "Diário (1942)


Das coisas tristes que o mundo tem, são os homens sem pé no seu tempo. Os desgraçados que aparecem assim, cedo de mais ou tarde de mais, lembram-me na vida terras de ninguém, onde não há paz possível. Imagine-se a dramática situação dum cavernícola transportado aos dias de hoje, ou vice-versa. A cada época corresponde um certo tipo humano. Um tipo humano intransponível, feito da unidade possível em tal ocasião, moldado psicologicamente, e fisiològicamente até, pelas forças que o rodeiam. A Idade Média tinha como valores Aristóteles e os doutores da Igreja. E qualquer espírito coevo, por mais alto que fosse, estava irremediavelmente emparedado entre a Grécia sem Platão e as colunas do Templo. De nada lhe valia sonhar outro espaço de movimento. Cada inquietação realizava-se ali. O que seria, pois, um Vinci do Renascimento, multímodo, aberto a todos os conhecimentos, a bracejar dentro de tão acanhados muros? 
Neste trágico século vinte, sem qualquer sério conteúdo ideológico, sem nenhuma espécie de grandeza fora do visceral e do somático, todo feito de recordes orgânicos e de conquistas dimensionais, que serenidade interior poderá ter alguém alicerçado em valores religiosos, estéticos, morais, ou outros? Nenhuma. Entre o abismo da sua impossibilidade natural de deixar de ser o que é, e a muralha que o separa inexoravelmente do plaino onde se move e se justifica a multidão circundante, o desgraçado é como aquelas algas desenraizadas que o mar atira impiedosamente à terra, e que a terra devolve impiedosamente ao mar. É claro que na maior parte das vezes a pobre alga protesta. Todos se devem lembrar de Romain Rolland a erguer a voz impotente contra a guerra de 14. Sabemos o que valeu o seu grito. Foi só o tempo de disparar o primeiro canhão. O protesto, como um gemido inútil, ficou à retaguarda, abafado pelo estrépito dos que passavam. É a eterna e triste lei das realidades. Tão eterna e tão triste, que até passando do individual para o colectivo ela é verdadeira. 
Veja-se o caso em relação a dois continentes, a Europa e a América, por exemplo. 
Teima a Europa, culta, velha, experiente, mas anacrônica, em que a vida dos povos é sobretudo história. Que, por isso, o facho da autêntica civilização é seu, e só na sua posse deve caminhar. Tudo verdades como punhos. Mas o certo é que o facho lhe está dia-a-dia a morrer nas mãos e a passar para as mãos selvagens dos seus colonos. Com a mesma luminosidade? Evidentemente que não, mas que importa ? A vida não se move por ações lógicas. Move-se por imponderáveis, e sobretudo pela força dos factores. O homem que o nosso século pede não é o que lê, o que se aprofunda a cavar em si. É um ser biológico perfeito, no sentido corpóreo e psíquico duma abelha. A natureza dos favos é variável, claro está, conforme as necessidades de cada hora. Há pouco tempo ainda era um simples e inofensivo automóvel; neste momento o casulo é um tanque ou um avião. Por isso, a que propósito seria qualquer céptico em matéria de parafusos um representante atual da nossa civilização? Ver uma Grécia escrava de Roma é tão natural como ver um Unamuno perdido na Espanha de 36. 

Cajuína - Caetano Veloso

Gladiador-trilha sonora-''Now We Are Free''

Mariah Carey - My All

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Carla Bruni - Quelqu'un M'a Dit (Legendado)

A Construção da Personalidade Criadora - Agustina Bessa-Luís, in 'Alegria do Mundo'

A harmonia do comportamento social requer, todos o sabemos, tanto o isolamento como o convívio. Excessiva comunicação, debates exagerados de assuntos que requerem meditação e peso moral, avesso muitas vezes à cordialidade natural das afinidades eletivas, não enriquecem o patrimônio de uma sociedade. Antes embotam e alteram o terreno imparcial da sabedoria.A solidão favorece a intensidade do pensamento; por outro lado, torna de certo modo celerado o homem que lida com a força material, com a técnica, com os outros homens. O impulso é a força que atualiza estas duas atitudes. Os ricos de impulso que se prontificam a uma reação agressiva ou escandalosa, esses são associais especialmente difíceis. Todo o revolucionário é associal, se o impulso for nele um desvio da vida instintiva, e não uma atitude de homem capaz de obedecer e mandar a si próprio. 
«A felicidade máxima do filho da terra há-de ser a personalidade» - disse Goethe. Personalidade criadora, obtida à custa do ajustamento das nossas próprias leis interiores, que não serão mais, no futuro, forças repelidas ou encobertas, mas sim valiosas contribuições para o tempo do homem. Quando tudo for analisado e conhecido, só o justo há-de prevalecer.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Câncer Moral - Joanna de Ângelis




O mau-humor sistemático - vício de comportamento emocional - gera a irritabilidade que desencadeia inúmeros males no indivíduo, em particular, e no grupo social onde o mesmo se movimenta, em geral. 
Desconcertando a razão, açula as tendências negativas que devem ser combatidas, fomentando a maledicência e a indisposição de ânimo. 
Todos aqueles que o alimentam, transferem-se de um para outro estado de desajuste orgânico e psicológico, dando margem à instalação de doenças psicossomáticas de tratamento complexo como resultados demorados ou nenhuns. 
Todas as criaturas têm o dever de trabalhar pelo próprio progresso intelecto-moral, esforçando-se por vencer as más inclinações. 
O azedume resulta, também, da inveja mal disfarçada quanto do ciúme incontido. 
Atiça as labaredas destruidoras da desavença, enquanto se compraz na observância da ruína e do desconforto do próximo. 
Muitas formas de canceres têm sua gênese no comportamento moral insano, nas atitudes mentais agressivas, nas postulações emocionais enfermiças. 
O mau-humor é fator cancerígeno que ora ataca uma larga faixa da sociedade estúrdia. 
Exteriorização do egoísmo doentio, aplica-se à inglória tarefa de perseguir os que discordam da sua atitude infeliz, espalhando a inquietação com que se arma de forças para prosseguir na insânia que agasalha. 
Reveste-te de equilíbrio ante os mal-humorados e violentos, maledicentes e agressivos. 
Eles se encontram enfermos, sim, em marcha para a loucura que os vence sob o beneplácito da vontade acomodada. 
Oscilantes nos estados d'alma, mudam de um para outro episódio de revolta com facilidade, sem qualquer motivo justificável, como se motivo houvesse que justifique a vigência desse verdugo do homem. 
Vigia as nascentes dos teus sentimentos e luta com destemor, nas paisagens íntimas, contra o mau-humor. 
Policia o verbo rude e ácido, mantendo a dignidade interior e poupando-te ao pugilato das ofensas, decorrente do azedume freqüente. 
Não olvides da gratidão, nas tuas crises de indisposição... 
O amanhã é incerto. 
Aquele a quem hoje magoas será a porta onde buscarás apoio amanhã. 
Conquista o título de pacífico ou faze-te pacificador. 
Todo agressor torna-se antipático e asfixia-se na psicosfera morbífica que produz. 
O Evangelho é lição de otimismo sem limite e o Espiritismo que o atualiza para o homem contemporâneo convida à transformação moral contínua, sem termo, em prol da edificação interior do adepto que se lhe candidata ao ministério. 

Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Receita de Paz

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Um pouco mais de nós - José Jorge Letria


Podes dar uma centelha de lua, 
um colar de pétalas breves 
ou um farrapo de nuvem; 
podes dar mais uma asa 
a quem tem sede de voar 
ou apenas o tesouro sem preço 
do teu tempo em qualquer lugar; 
podes dar o que és e o que sentes 
sem que te perguntem 
nome, sexo ou endereço; 
podes dar em suma, com emoção, 
tudo aquilo que, em silêncio, 
te segreda o coração; 
podes dar a rima sem rima 
de uma música só tua 
a quem sofre a miséria dos dias 
na noite sem tecto de uma rua; 
podes juntar o diamante da dádiva 
ao húmus de uma crença forte e antiga, 
sob a forma de poema ou de cantiga; 
podes ser o livro, o sonho, o ponteiro 
do relógio da vida sem atraso, 
e sendo tudo isso serás ainda mais, 
anônimo, pleno e livre, 
nau sempre aparelhada para deixar o cais, 
porque o que conta, vendo bem, 
é dar sempre um pouco mais, 
sem factura, sem fama, sem horário, 
que a máxima recompensa de quem dá 
é o júbilo de um gesto voluntário. 

E, afinal, tudo isso quanto vale ? 
Vale o nada que é tudo 
sempre que damos de nós 
o que, sendo ato amor, ganha voz 
e se torna eterno por ser único e total



O Preço da Honra - Baruch Espinoza "Tratado da Correcção do Intelecto"

As coisas que mais ocorrem na vida e são tidas pelos homens como o supremo bem resumem-se, ao que se pode depreender das suas obras, nestas três: as riquezas, as honras e a concupiscência. Por elas a mente se vê tão distraída que de modo algum poderá pensar em qualquer outro bem. Realmente, no que tange à concupiscência, o espírito fica por ela de tal maneira possuído como se repousasse num bem, tornando-se de todo impossibilitado de pensar em outra coisa; mas, após a sua fruição, segue-se a maior das tristezas, a qual, se não suspende a mente, pelo menos a perturba e a embota. Também procurando as honras e a riqueza, não pouco a mente se distrai, mormente quando são buscadas apenas por si mesmas, porque então serão tidas como o sumo bem. Pela honra, porém, muito mais ainda fica distraída a mente, pois sempre se supõe ser um bem por si e como que o fim último, ao qual tudo se dirige.
Além do mais, nestas últimas coisas não aparece, como na concupiscência, o arrependimento. Pelo contrário, quanto mais qualquer delas se possuir, mais aumentará a alegria e consequentemente sempre mais somos incitados a aumentá-las. Se, porém, nos virmos frustrados alguma vez nessa esperança, surge uma extrema tristeza. Por último, a honra representa um grande impedimento pelo facto de precisarmos, para consegui-la, de adaptar a nossa vida à opinião dos outros, a saber, fugindo do que os homens em geral fogem e buscando o que vulgarmente procuram. 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dois amantes felizes não têm fim nem morte - Pablo Neruda


Dois amantes felizes não têm fim nem morte, 
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem, 
são eternos como é a natureza.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Amo-te Por Todas as Razões e Mais Uma - Joaquim Pessoa

Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar. 

Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras. 
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões. 
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.

Escuta, amor - José Luís Peixoto


Quando damos as mãos, somos um barco feito de oceano, a agitar-se sobre as ondas, mas ancorado ao oceano pelo próprio oceano. Pode estar toda a espécie de tempo, o céu pode estar limpo, verão e vozes de crianças, o céu pode segurar nuvens e chumbo, nevoeiro ou madrugada, pode ser de noite, mas, sempre que damos as mãos, transformamo-nos na mesma matéria do mundo. Se preferires uma imagem da terra, somos árvores velhas, os ramos a crescerem muito lentamente, a madeira viva, a seiva. Para as árvores, a terra faz todo o sentido. De certeza que as árvores acreditam que são feitas de terra. 

Por isto e por mais do que isto, tu estás aí e eu, aqui, também estou aí. Existimos no mesmo sítio sem esforço. Aquilo que somos mistura-se. Os nossos corpos só podem ser vistos pelos nossos olhos. Os outros olham para os nossos corpos com a mesma falta de verdade com que os espelhos nos refletem. Tu és aquilo que sei sobre a ternura. Tu és tudo aquilo que sei. Mesmo quando não estavas lá, mesmo quando eu não estava lá, aprendíamos o suficiente para o instante em que nos encontramos. 
Aquilo que existe dentro de mim e dentro de ti, existe também à nossa volta quando estamos juntos. E agora estamos sempre juntos. O meu rosto e o teu rosto, fotografados imperfeitamente, são moldados pelas noites metafóricas e pelas manhãs metafóricas. Talvez outras pessoas chamem entendimento a essa certeza, mas eu e tu não sabemos se existem outras pessoas no mundo. Eu e tu declarámos o fim de todas as fronteiras e inseparámo-nos. Agora, somos uma única rocha, uma única montanha, somos uma gota que cai eternamente do céu, somos um fruto, somos uma casa, um mundo completo. Existem guerras dentro do nosso corpo, existem séculos e dinastias, existe toda uma história que pode ser contada sob múltiplas perspectivas, analisada e narrada em volumes de bibliotecas infinitas. Existem expedições arqueológicas dentro do nosso corpo, procuram e encontram restos de civilizações antigas, pirâmides de faraós, cidades inteiras cobertas pela lava de vulcões extintos. Existem aviões que levantam voo e aterram nos aeroportos interiores do nosso corpo, populações que emigram, êxodos de multidões famintas. E existem momentos despercebidos, uma criança que nasce, um velho que morre. Dentro de nós, existe tudo aquilo que existe em simultâneo em todas as partes. 

Questiono os gestos mais simples, escrever este texto, tentar dizer aquilo que foge às palavras e que, no entanto, precisa delas para existir com a forma de palavras. Mas eu questiono, pergunto-me, será que são necessárias as palavras? Eu sei que entendes o que não sei dizer. Repito: eu sei que entendes o que não sei dizer. Essa certeza é feita de vento. Eu e tu somos esse vento. Não apenas um pedaço do vento dentro do vento, somos o vento todo. 
Escuta, 
ouve. 
Amor. 
Amor.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Não queiras ser uma tábua de salvação para ninguém - Misty


Não consegues mudar ninguém. Nunca. É da natureza das pessoas serem o que são, e nada poderás fazer em relação a isso. Nem o amor, nem a perseverança, nem todas as cartas que escreveres com a melhor das tuas impressões digitais cravadas nelas. Nem as melhores intenções e definições que encontrares nas coisas mais simples ou complexas para expressares os teus segredos mais escondidos. Nada do que ouvires será intrínseco. É tudo tão efêmero e indistinto quanto um monte de pétalas caídas no meio do cimento vivo que os teus pés um dia já pisaram. As flores nascem e morrem sem ninguém chorar por elas, por mais harmoniosas que nos pareçam num dado instante do tempo. As palavras são conjuntos de sons e sentidos orquestrados com maior ou menor perícia. O bater do coração é supérfluo e as mãos cheias uma sensibilidade mais aguda. Nada do que tens agora te foi dado pelo destino ou forças maiores que a física, tudo é um conjunto de acasos semi-escondidos nas estruturas das coisas. E tu resistes, esperando que o acaso te atinja de uma forma benéfica. Esperando que ele te deixe sorrir em alguns momentos. Não queiras ser uma tábua de salvação para ninguém, pois ninguém o será por ti. E quando o souberes, perceberás que te despiram de toda a tua racionalidade, e que te deixaram só na curva de uma rua sem destino nem ordem, onde tudo em volta são espectros repetidos de imagens de Deus ou o Diabo. E já não saberás distinguir o reflexo que te caracteriza a alma que te resta no corpo. Tanto faz. Às vezes penso que a formatação mental era uma coisa excelente para dias medonhos.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Anjos Guardiães - Joanna de Ângelis

Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre.

Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis. Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.
Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão.
Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.
São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo.
Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naquele outros de perturbação e vulgaridade.
Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução.
Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.
Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.
Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.
Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.
Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.
Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.
Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres.
Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio.
Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.
Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração.
O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.
O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo.
Imana-te a ele.
Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.
Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.