Ouvindo promessas e dívidas
Me encho de dúvidas reprimidas
Em um corpo sedento por te ter
Comento poemas e canções perdidas
Odisséias de heróis esquecidos
Cito nomes que nunca foram ditos
Faço isso, entre sussurros e gemidos.
Quando penso que não posso mais
(Afinal não deveria)
Tuas mãos me acariciam
Teus lábios me propiciam
Me sentir entre os imortais
Me esqueço de quem eu sou
De quem era
Ou o que seria
Ofegante em ti respiro
E transpiro-ti em um mar de beijos
Ainda penso enquanto escrevo
Em quão belo será o dia
Em que na mais bela euforia
Clamaremos para o tempo
Que ele esqueça-se de nós
Sentindo tua pele sobre a minha
Olhos cerrados, de quem dormia
Navegando num mar de suor
Fazendo em teus cabelos um nó
Pra um só amor atar
E de manhã ainda acordar
Embevecido de tanto prazer
Sentindo teus braços me envolver
Convidando-me com um só olhar
Pra outra vez diante de Eros
Sentindo a música mais bela
Profanado por teus lábios
E no corpo não mais sozinho
preenchê-lo de carinho e novamente...
Te amar.
Alex Rodrigues