segunda-feira, 11 de abril de 2011

Entrevista com Clarice Lispector - 1977 - 1ª parte


Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre
Clarice Lispector

Tormentas - José Luiz Peixoto

fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido
com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas: fingir
que está tudo bem: olhas-me e só tu sabes: na rua onde
os nossos olhares se encontram é noite: as pessoas
não imaginam: são tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam: nós
olhamo-nos: fingir que está tudo bem: o sangue a ferver
sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de
medo nos lábios a sorrir: será que vou morrer?, pergunto
dentro de mim: será que vou morrer?, olhas-me e só tu sabes:
ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer:
amor e morte: fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um
oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.

Orinoco Flow - by Celtic Woman



De Norte a Sul, de Ebudae para Khartoum,
do profundo Mar de Nuvens para a Ilha da Lua,
me carregue nas ondas para as terras 
em que nunca estive,
me carregue nas ondas para as terras 
que nunca vi
Nós podemos navegar, nós podemos navegar 
nas correntezas do Orinoco...
Nós podemos navegar, nós podemos navegar...
(veleje, veleje, veleje)






Let me sail, let me sail,
let the Orinoco Flow,
let me reach, let me beach
on the shores of Tripoli.
Let me sail, let me sail,
let me crash upon your shore,
let me reach, let me beach
far beyond the Yellow Sea.

De, de
de, de
de, de
de, de
de, de

Sail away, sail away, sail away.
Sail away, sail away, sail away.
Sail away, sail away, sail away.
Sail away, sail away, sail away.

From Bissau to Palau - in the shade of Avalon,
from Fiji to Tiree and the Isles of Ebony,
from Peru to Cebu hear the power of Babylon,
from Bali to Cali - far beneath the Coral Sea.

De, de
de, de
de, de
de, de
de, de

Sail away, sail away, sail away.
Sail away, sail away, sail away.
Sail away, sail away, sail away.
Sail away, sail away, sail away.

From the North to the South, Ebudæ into Khartoum,
from the deep sea of Clouds to the island of the moon,
carry me on the waves to the lands I've never been,
carry me on the waves to the lands I've never seen.
We can sail, we can sail on the Orinoco Flow,
we can sail, we can sail.
(sail away, sail away)

We can steer, we can near
with Rob Dickins at the wheel,
we can sigh, say goodbye Ross and his dependencies
we can sail, we can sail
(sail away, sail away, sail away)

We can reach, we can beach,
on the shores of Tripoli,
we can sail, we can sail
(sail away, sail away, sail away)
From Bali to Cali - far beneath the Coral Sea,
we can sail, we can sail
(sail away, sail away, sail away)

Bachianas Brasileiras nº 5 - Heitor Vila-Lobos





Bachianas Brasileiras Nº 5 de Heitor Villa-Lobos, interpretadas por Amal Brahim Djelloul (soprano) Gautier Capuçon (violoncelo) Orchestre Du Violon Sur Le Sable (Les films Jack Febus)
"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti"