quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cúmplices - Mafalda Veiga - Para Isabela Arruda Soares

Isabela

A noite vem às vezes tão perdida
e quase nada parece bater certo
há qualquer coisa em nos inquieta e ferida
e tudo que era fundo fica perto

nem sempre o chão da alma é seguro
nem sempre o tempo cura qualquer dor
e o sabor a fim da mar que vem do escuro
é tantas vezes o que resta do calor

se fosse a tua pela
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

trocamos as palavras mais escondidas
e só a noite arranca sem doer
seremos cúmplices o resto da vida
ou talvez só até amanhecer

fica tão fácil entregar a alma
a quem nos traga um sopro do deserto
olhar onde a distância nunca acalma
esperando o que vier de peito aberto

se fosse a tua pela
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

se fosse a tua pela
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

Tetê Espíndola - Vida Cigana - Para Isabela Arruda Soares


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Aretha Franklin - I say a little prayer - Isabela Arruda


Lyrics:

The moment I wake up
Before I put on my makeup
I say a little pray for you
While combing my hair now,
And wondering what dress to wear now,
I say a little prayer for you

Forever, and ever, you'll stay in my heart
and I will love you
Forever, and ever, we never will part
Oh, how I love you
Together, forever, that's how it must be
To live without you
Would only meen heartbreak for me.

I run for the bus, dear,
While riding I think of us, dear,
I say a little prayer for you.
At work I just take time
And all through my coffee break-time,
I say a little prayer for you.

Forever, and ever, you'll stay in my heart
and I will love you
Forever, and ever we never will part
Oh, how I'll love you
Together, forever, that's how it must be
To live without you
Would only mean heartbreak for me.

I say a little prayer for you

I say a little prayer for you

My darling believe me, ( beleive me)
For me there is no one but you!
Please love me too (answer his pray)
And I'm in love with you (answer his pray)
Answer my prayer now babe (answer his pray)

Forever, and ever, you'll stay in my heart
and I will love you
Forever, and ever we never will part
Oh, how I'll love you
Together, forever, that's how it must be
To live without you
Would only mean heartbreak for me

Janis Joplin - Piece of My Heart - Isabela Arrruda


Lyrics:
(Come on)
Didn't I make you feel like you were the only man, well yeah,
An' didn't I give you nearly everything that a woman possibly can ?
Honey, you know I did!
And each time I tell myself that I, well I think I've had enough,
But I'm gonna show you, baby, that a woman can be tough.

Janis Joplin - To Love Somebody


Amy Winehouse - The Porchester Hall London Live -


O que sinto por você - De Isabela Arruda para Hélio Cambuí


Achava que não sabia ao certo... e ... 

Na fuga de mim mesma... 
No silêncio dos sentimentos... 
No sossego das emoções... 

No distanciamento dos relacionamentos... 

Nos grifos das exceções...
Perdida entre as multidões 
Num perambulante devir... 
Eis que me apaixonei !!! 
Estranho explicar... 
Melhor sentir, sonhar, viver... 

Poesias e músicas sabem falar como é apaixonar, gostar, desejar, amar 
Não se conter... 

Li muito Drummond 
O poeta de Itabira! 
E fora dele 

Desacreditava nos “romances” 
Então me cedi a amores frios 
E beijos de freelance 

A música de Tom Jobim 
Também me embriagou 
E eu que era triste 

Descrente deste mundo 
Senti suas melodias 
E jorrando de alegria 

Deixei brotar um sentimento profundo 
Parei de ter paixões frias 

Deixando-me enamorar por pessoas “reais” 
Algumas vezes quebrei a cara! 
Mas não por fantasia ou euforia 
Tentei encarar com “alegria” 

As lágrimas eventuais 
Mas o que eu sinto por você? 

Talvez não saiba ao certo... paixão, amor... paixão e amor...? 
Como explicar com palavras algo que se sente? 
Como explicar o que é esse coração acelerado, 
Quando estou ou quando penso em você... 

Ou essa tristeza quando você sai? 
Essa alegria quando você me abraça, 
Ou esse calor imenso quando você me beija? 

Escolhi sentir, me permitir... 
Desdobrei-me fora do tempo 
Mas sem sair de dentro 
Ainda que fora do centro 
Chorei- rindo de mim mesma... 

Não me fiz de difícil 
Tentei me abrir, conferir, seduzir... 
Desequilibrei-me, uau! Caí 
Num “precipício” chamado amor 
E fui caindo ao som de Luz dos Olhos 

Lendo o livro da dor e do amor 
Ao menos feliz 
Ainda não cheguei ao chão... 

Meus pés caminham firmes 
A cabeça é que vive fora de órbita 
Das normas inóspitas 
Sem razão, sem motivos 

Os meus, tão meus modos de viver, sentir, sonhar 
Os nossos bons encontros e por vezes desencontros 
Sinceros e significativos 

Vasculhei minhas lembranças 
A memória se faz presente 
Umas das poucas qualidades... 

Cartografei nossos poucos encontros e as rotas desviantes... 
Com momentos aconchegantes 
Muitos deles como amantes 

As suas palavras, 
O seu nome 
Permeiam os meus sentimentos e pensamentos, 
Por ali, por aqui, por acolá... 
Nos pensamentos, sonhos 
Nos sentimentos, realização... 

Um desejo imenso 
De uma verdadeira paixão 
Assim, 
Diante da renovação do meu ser 

Decreto que tudo isso deve continuar e viver 
A chama do amor deve permanecer! 
Porque mais importante do que merecer você 

É a doce realidade de ter ...

sábado, 26 de maio de 2012

Pena Tiranna, Nathalie Stutzmann, Ensemble Orfeo 55, HAENDEL, Salle GAVEAU, Paris.


GF HAENDEL : Pena Tiranna

Extrait du concert de l'ensemble ORFEO 55, donné le 4-02-2010 à la Salle GAVEAU, Paris.


Vidéo produite par APTLY MEDIAS réalisée par Jean-Philippe Perrot.
Plus d'informations sur www.aptlymedias.com

La contralto et chef d'orchestre Nathalie Stutzmann, est considérée comme une des plus grandes voix et une des personnalités musicales les plus marquantes de notre époque.

www.nathaliestutzmann.com

En 2009, elle fonde son propre orchestre de chambre, Orfeo 55, ensemble jouant aussi bien sur instruments modernes que baroques, ce qui lui permet de s'aventurer en tout liberté dans les répertoires les plus divers. Son expérience de musicienne romantique et sa connaissance des styles anciens lui permettent d'aborder avec le même succès aussi bien Vivaldi et Mozart que Beethoven, Wagner ou Brahms.

L'approche de Nathalie Stutzmann, à la fois libre et rigoureuse, sa science du phrasé et l'intensité émotionnelle de ses interprétations, sa maîtrise exceptionnelle au service de la passion qu'elle communique sont autant d'éléments qui la font apprécier du public et des orchestres qu'elle dirige.

Orfeo 55 est en résidence à l'Arsenal de Metz

Pietro Mascagni: Cavalleria rusticana - Intermezzo


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Liberdade - Sinto Assim Mesmo!


Liberdade— Liberdade, que estais no céu... 
Rezava o padre-nosso que sabia, 
A pedir-te, humildemente, 
O pio de cada dia. 
Mas a tua bondade onipotente 
Nem me ouvia. 

— Liberdade, que estais na terra... 
E a minha voz crescia 
De emoção. 
Mas um silêncio triste sepultava 
A fé que ressumava 
Da oração. 

Até que um dia, corajosamente, 
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado, 
Saborear, enfim, 
O pão da minha fome. 
— Liberdade, que estais em mim, 
Santificado seja o vosso nome. 

Miguel Torga, in 'Diário XII'

Vander Lee - Contra o Tempo


Às Vezes Tenho Idéias Felizes -

Às vezes tenho idéias felizes, 
Idéias subitamente felizes, em idéias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...

Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Crítica e Auto-Crítica - Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'


Assim como o homem carrega o peso do próprio corpo sem o sentir, mas sente o de qualquer outro corpo que quer mover, também não nota os próprios defeitos e vícios, mas só os dos outros. Entretanto, cada um tem no seu próximo um espelho, no qual vê claramente os próprios vícios, defeitos, maus hábitos e repugnâncias de todo o tipo. Porém, na maioria da vezes, faz como o cão, que ladra diante do espelho por não saber que se vê a si mesmo, crendo ver outro cão.
Quem critica os outros trabalha em prol da sua própria melhoria. Portanto, quem tem a inclinação e o hábito de submeter secretamente a conduta dos outros, e em geral também as suas ações e omissões, a uma atenta e severa crítica, trabalha na verdade em prol da própria melhoria e do próprio aperfeiçoamento, pois possui o suficiente de justiça, ou de orgulho e vaidade, para evitar o que amiúde censura com tanto rigor. 

Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'

G. F. Handel: Te Deum in D Major "Queen Caroline" (King's Consort et al.)


G. F. Handel: Te Deum in D Major "Queen Caroline"

James Bowman, alto
John Mark Ainsley, tenor
Michael George, bass
Choir of New College, Oxford
King's Consort
Robert King, director

Enoch Seeman: Portrait of Queen Caroline Wilhelmina of Brandenburg-Ansbach as Princess of Wales (1720s)

Alto, Tenor, Bass & Chorus:
We praise thee O God;
We acknowledge thee to be the Lordl.
All the earth doth worship thee,
The Father everlasting.
To thee all angels cry aloud,
The heaens and all the powers therein.
To thee Cherubin and Serpahim continually cry:
Holy, holy, holy! Lord God of Sabaoth,
Heaven and earth are full of the majesty of thy glory.

Tenor solo - Chorus - Bass solo:
The glorious company of the Apostles praise thee;
The goodly fellowship of the Prophets praise thee;
The noble army of Martyrs praise thee,
The holy church throughout all the world
Doth acknowledge thee,
The Father of an infinite majesty,
Thine honourable, true and only Son,
Also the Holy Ghost the Comforter.
Thou art the King of glory, O Christ,
Thou art the everlasting Son of the Father.

Alto & chorus:
When thou tookest upon thee to deliver man,
Thou did'st not abhor the Virgin's womb.
When thou had'st overcome the sharpness of death,
Thou did'st open the Kingdom of Heaven to all believers.
Thou sittest at the right hand of God
In the glory of the Father.
We believe that thou shalt come to be our Judge.
We therefore pray thee help thy servants,
Whom thou hast redeemed with thy precious blood.
Make them to be number'd with thy Saints in glory everlasting.
O Lord, save thy people and bless thy heritage.
Govern them and lift them up for ever.

Chorus:
Day by day we magnify thee,
And we worship thy name for ever world without end.

Alto:
Vouchsave, O Lord, to keep us this day without sin.
O Lord, have mercy upon us,
O Lord let thy mercy lighten upon us
As our trust is in thee.

Chorus:
O Lord, in thee have I trusted;
Let me never be confounded.

Renaissance Trumpet


BAROQUE TRUMPET TUNES (Handel Purcell Clarke Charpentier Mouret)


domingo, 20 de maio de 2012

O Interior da Alma - Victor Hugo - Os Miseráveis

O olho do espírito em parte nenhuma pode encontrar mais deslumbramentos, nem mais trevas, do que no homem, nem fixar-se em coisa nenhuma, que seja mais temível, complicada, misteriosa e infinita. Há um espetáculo mais solene do que o mar, é o céu; e há outro mais solene do que o céu, é o interior da alma. 
Fazer o poema da consciência humana, mas que não fosse senão a respeito de um só homem, e ainda nos homens o mais ínfimo, seria fundir todas as epopeias numa epopeia superior e definitiva. A consciência é o caos das quimeras, das ambições e das tentativas, o cadinho dos sonhos, o antro das ideias vergonhosas: é o pandemônio dos sofismas, é o campo de batalha das paixões. Penetrai, a certas horas, através da face lívida de um ser humano, e olhai por trás dela, olhai nessa alma, olhai nessa obscuridade. Há ali, sob a superfície límpida do silêncio exterior, combates de gigante como em Homero, brigas de dragões e hidras, e nuvens de fantasmas, como em Milton, espirais visionárias como em Dante. Sombria coisa esse infinito que todo o homem em si abarca, e pelo qual ele regula desesperado as vontades do seu cérebro e as ações da sua vida! 

Victor Hugo, in 'Os Miseráveis'

Charpentier - Marche de Triomphe H.547


Philippe Jaroussky, Pascal Bertin, Purcell, Come, Ye sons of art "Sound the trumpet" version "bossa


Une Fête Baroque!


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Le Bourgeois Gentilhomme 4 - Lully - Molière (Fragmentos)


Vivaldi Violin Concerto in C minor, 'Amato bene' RV761


Vivaldi Concerto con molti strumenti in C major, RV555


Bach Brandenburg Concerto 2, 3.movement, including repeat Bis


terça-feira, 15 de maio de 2012

A Tua Voz de Primavera - Homenagem a Isabela Arruda Soares


Manto de seda azul, o céu reflete 
Quanta alegria na minha alma vai! 
Tenho os meus lábios úmidos: tomai 
A flor e o mel que a vida nos promete! 


Sinfonia de luz meu corpo não repete 
O ritmo e a cor dum mesmo desejo... olhai! 
Iguala o sol que sempre às ondas cai, 
Sem que a visão dos poentes se complete! 


Meus pequeninos seios cor-de-rosa, 
Se os roça ou prende a tua mão nervosa, 
Têm a firmeza elástica dos gamos... 


Para os teus beijos, sensual, flori! 
E amendoeira em flor, só ofereço os ramos, 
Só me exalto e sou linda para ti! 


Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

Ninguém me venha dar vida - De: Hélio para Isabela





Ninguém me venha dar vida, 
que estou morrendo de amor, 
que estou feliz de morrer, 
que não tenho mal nem dor, 
que estou de sonho ferida, 
que não me quero curar, 
que estou deixando de ser 
e não me quero encontrar, 
que estou dentro de um navio 
que sei que vai naufragar, 
já não falo e ainda sorrio, 
porque está perto de mim 
o dono verde do mar 
que busquei desde o começo, 
e estava apenas no fim. 

Corações, por que chorais? 
Preparai meu arremesso 
para as algas e os corais. 

Fim ditoso, hora feliz: 
guardai meu amor sem preço, 
que só quis a quem não quis. 

Cecília Meireles, in 'Poemas (1947)'

Mei and Jin - Erhu solo - Apenas para Isabela


Adele - Rolling In The Deep (Grammy 2012) HD


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Primeiro Beijo - Apenas para Isabela Arruda Soares


Durante todas as noites desse verão, as estrelas foram líquidas no céu. Quando eu as olhava, eram pontos líquidos de brilho no céu. Na primeira vez, encontramo-nos durante o dia: eu sorri-lhe, ela sorriu-me. Dissemos duas ou três palavras e contivemo-nos dentro dos nossos corpos. Os olhos dela, por um instante, foram um abismo onde fiquei envolto por leveza luminosa, onde caía como se flutuasse: cair através do céu dentro de um sonho. 
Naquela noite, fiquei a esperá-la, encostado ao muro, alguns metros depois da entrada da pensão. As pessoas que passavam eram alegres. Eu pensava em qualquer coisa que me fazia sentir maior por dentro, como a noite. As folhas de hera que cobriam o cimo do muro, e que se suspendiam sobre o passeio, eram uma única forma noturna, feita apenas de sombras. Primeiro, senti as folhas de hera a serem remexidas; depois, vi os braços dela a agarrarem-se ao muro; depois, o rosto dela parado de encontro ao céu claro da noite. E faltou uma batida ao coração. 
O mundo parou. Sombras pousavam-lhe, transparentes, na pele do rosto. O ar fresco, arrefecido, moldava-lhe a pele do rosto. E o mundo continuou. Ajudei-a a descer. Corremos pelo passeio de mãos dadas. A minha mão a envolver a mão fina dela: a força dos seus dedos dentro dos meus. Na noite,os nossos corpos a correrem lado a lado. Quando paramos: as nossas respirações, os nossos rostos admirados um com o outro: olhamo-nos como se nos estivéssemos a ver para sempre. Quando os meus lábios se aproximaram devagar dos lábios dela e nos beijamos, havia reflexos de brilho, como pó lançado ao ar, a caírem pela noite que nos cobria. 

José Luís Peixoto, in 'Cemitério de Pianos'

Händel Symphony from Solomon Oratorio ''The Arrival of the Queen of Sheba'' HWV67


Amor Terapia - Joanna de Ângelis - De: Hélio para Isabela


Não há como negar ser o amor a realidade mais pujante da vida. Irradia-se de Deus e vitaliza o Universo, mantendo as Leis que produzem o equilíbrio.
Todos os homens e mulheres que edificaram os ideais de felicidade humana fundamentaram o seu pensamento no amor pleno e incondicional.
Transcendendo definições, o amor é vida exuberante; é a razão básica da manifestação do ser que pensa e que sente.
Jesus sintetizou todo o código da Sua Doutrina no amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.
As modernas ciências da alma, que penetraram na essência profunda das criaturas, fascinadas com as suas descobertas em torno dos conflitos e problemas, recorrem também ao amor, para que ele solucione os enigmas existenciais e erradique os agentes causadores dos distúrbios interiores e externos que aturdem a humanidade.
Assim, o amor deve ser causa, meio e fim para o comportamento humano feliz, que desperta com anseios de plenitude. Amar é o grande desafio.

domingo, 13 de maio de 2012

Vital Farias Canção de Dois Tempos Era Casa Era Jardim - De: Hélio para Isabela


NÓS DOIS -TADEU FRANCO - De: Hélio para Isabela


Vivaldi Opera Tito Manlio ''Non m'affligge il tormento di morte'' RV738 by Simone Kermes


Cada Mãe é uma Flor > Jôe Luiz - Espírito de Luz


Cada mãe é uma flor, no Mundo criado por Deus
Seu ventre, o paraíso, para o filho que concebeu
Consciência e amor, para nos preparar lhe deu
Todos os puros sentimentos, para gerar os filhos Seus
Para todas deu Grandezas, para a Seus filhos conceber
Tratá-los como fez Maria, para como Jesus Cristo ser
Em todos os momentos da vida, dar amor e proteger
Amar e dar bom exemplo, antes e depois de nascer
Ensinar toda Verdade, falar de um Deus de Amor
Que não castiga nem vinga, sempre a todos perdoou
Está sempre de braços abertos, perdoando quem errou
Infinitamente bom e justo, nunca a Seus filhos vingou
És como o Pai Eterno, que acompanha nossos passos
Que perdoa e espera de volta, até os filhos ingratos
Os que saíram do caminho, e não voltam para Seus braços
Até os últimos momentos da vida, Ele fica a esperá-los
És um Ser infinitamente perfeito, és o símbolo do Amor
És igual a Natureza, resistes o destruidor
És as vidas abandonadas, acolhes e dás calor
Não recusas em ajudar, o coração sofredor
Ninguém pode avaliar, o quanto Deus ama seus filhos
De todas as crianças que nascem, Ele é o Pai Divino
Cuida e ama todo tempo, desde quando concebidos
Para que cumpram as missões, como está no predestino
Durante a gravidez, te ajuda todo tempo
Para tratares como um messias, para ajudar com bom exemplo
Para ser feliz e alegre, e ter só bons pensamentos
Para não sair do bom caminho, e dos males ficares isento

Psicografada Pelo Médium Rui Souza

sábado, 12 de maio de 2012

Djavan - Te devoro - De Hélio para Isabela



Djavan - Te devoro

Teus sinais
Me confundem
Da cabeça aos pés
Mas por dentro
Eu te devoro,
Teu olhar
Não me diz exato
Quem tu és
Mesmo assim
Eu te devoro...

Te devoraria
A qualquer preço,
Porque te ignoro,
Te conheço,
Quando chove ou
Quando faz frio,
Noutro plano
Te devoraria
Tal Caetano
A Leonardo DiCaprio...

É um milagre,
Tudo que Deus criou
Pensando em você,
Fez a via-láctea
Fez os Dinossauros,
Sem pensar em nada
Fez a minha vida
E te deu,
Sem contar os dias
Que me faz morrer,
Sem saber de ti
Jogado à Solidão,
Mas se quer saber
Se eu quero outra vida
Não! Não!

(Repetir a letra)

Eu quero mesmo é viver
Pra esperar, esperar
Devorar você...(2x)

Viver, viver
Pra esperar você,
Quero viver
Pra esperar você,
Quero esperar você.

Velha Infância {Tribalistas} - De Hélio para Isabela


NÃO VÁ EMBORA - MARISA MONTE - PARA ISABELA


terça-feira, 8 de maio de 2012

Jean-Philippe Rameau - Zaïs - Overture


F.B. Conti - David Oratorio Aria 'Agiterò la face dell'odio e del


Vivaldi Opera Tito Manlio ''Non m'affligge il tormento di morte''


Jardim Da Fantasia - De Hélio para Isabela -



"Não estejas longe de mim um só dia, porque como, 
porque, não sei dizê-lo, é comprido o dia,
e te estarei esperando como nas estações
quando em alguma parte dormitaram os trens.

Não te vás por uma hora porque então
nessa hora se juntam as gotas do desvelo
e talvez toda a fumaça que anda buscando casa venha matar ainda meu coração perdido

Ai que não se quebrante tua silhueta na areia,
ai que não voem tuas pálpebras na ausência:
não te vás por um minuto, bem-amada,

porque nesse minuto terás ido tão longe
que eu cruzarei toda a terra perguntando
se voltarás ou se me deixarás morrendo"

Pablo Neruda

Carta Esboço - Para Isabela


Lembro-me agora que tenho de marcar um
encontro contigo, num sítio em que ambos
nos possamos falar, de fato,sem que nenhuma
das ocorrências da vida venha
interferir no que temos para nos dizer.Muitas
vezes me lembrei de que esse sítio podia
ser, até,um lugar sem nada de especial,
como um canto de café, em frente de um espelho
que poderia servir de pretexto
para refletir a alma, a impressão da tarde,
o último estertor do dia antes de nos despedirmos,
quando é preciso encontrar uma fórmula que
disfarce o que,afinal, não conseguimos dizer.É
que o amor nem sempre é uma palavra de uso,
aquela que permite a passagem á comunicação
mais exata de dois seres, a não ser que nos fale,
de súbito, o sentido da despedida,e que cada um de nós
leve, consigo, o outro, deixando atras de si o próprio
ser,como se uma troca de almas fosse possível
neste mundo.Então, é natural que voltes atras e
me peças:"Vem comigo!", e devo dizer-te que muitas
vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde,
isto é, a porta tinha-se fechado até outro
dia,que é aquele que acaba por nunca chegar, e então
as palavras caiem no vazio, como se nunca tivessem
sido pensadas.No entanto, ao escrever-te para marcar
um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos
para dizer um ao outro: a confissão mais exata, que
é também a mais absurda, de um sentimento; e,por
trás disso, de que o mundo há-de ser outro no dia
seguinte, como se o amor, de fato, pudesse mudar as cores do céu,do mar,da terra,e do próprio dia em que nos vamos encontrar, que há-de ser um dia azul,de verão, em que o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí
que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas,
que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo
das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros.

Nuno Júdice

domingo, 6 de maio de 2012

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Il Divo - The Power of Love


Os Lusíadas - Luís de Camões


“Não andam muito que no erguido cume
Se acharam, onde um campo se esmaltava
De esmeraldas, rubis, tais que presume
A vista que divino chão pisava.
Aqui um globo vêem no ar, que o lume
Claríssimo por ele penetrava,
De modo que o seu centro está evidente,
Como a sua superfície, claramente.

Qual a matéria seja não se enxerga,
Mas enxerga-se bem que está composto
De vários orbes, que a divina verga
Compôs, e um centro a todos só tem posto.
Volvendo, ora se abaxe, agora se erga,
Nunca se ergue ou se abaxa, e um mesmo rosto
Por toda a parte tem, e em toda a parte
Começa e acaba, enfim, por divina arte,

Uniforme, perfeito, em si sustido,
Qual enfim o arquetipo que o criou.
Vendo o Gama este globo, comovido
De espanto e de desejo, ali ficou.
Diz-lhe a Deusa: 'O transunto, reduzido
Em pequeno volume, aqui te dou
Do Mundo aos olhos teus, pera que vejas
Por onde vás e irás e o que desejas.

Vês aqui a grande Máquina do Mundo,
Etérea e elemental, que fabricada
Assi foi do Saber alto e profundo,
Que é sem princípio e meta limitada.
Quem cerca em derredor este rotundo
Globo e sua superfície tão limada,
É Deus; mas o que é Deus, ninguém o entende,
Que a tanto o engenho humano não se estende'".

(Estrofes 77, 78, 79 e 80 respectivamente do Canto X de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões)
Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/o_limiar_da_lucidez/2012/04/borges-camoes-drummond-e-o-universo.html#ixzz1twHFNZqV

A Escrita do Deus - José Luis Borges



“Então ocorreu o que não posso esquecer nem comunicar. Ocorreu a união com a divindade, com o universo (não sei se estas palavras diferem). O êxtase não repete seus símbolos; há quem tenha visto Deus num resplendor, há que o tenha percebido numa espada ou nos círculos duma rosa. Eu vi uma Roda altíssima, que não estava diante de meus olhos, nem atrás, nem nos lados, mas em todas as partes, a um só tempo. Essa Roda estava feita de água, mas também de fogo, e era (embora se visse a borda) infinita. (...) Ali estavam as causas e os efeitos e me bastava ver essa Roda para entender tudo, interminavelmente. Oh, felicidade de entender, maior que a de imaginar ou que a de sentir! Vi o universo e vi os íntimos desígnios do universo. Vi as origens narradas pelo Livro do Comum. Vi as montanhas que surgiram da água, vi os primeiros homens com seu bordão, vi as tinalhas que se voltaram contra os homens, vi os cães que lhes desfizeram os rostos. Vi o deus sem face que há por trás dos deuses. Vi infinitos processos que formavam uma só felicidade e, entendendo tudo, consegui também entender a escrita do tigre”.

(Fragmento do conto “A escrita do Deus”, de Jorge Luis Borges, que integra o volume “O Aleph”)

Passacaglia plays Chedeville/Vivaldi at Nordmaling Festival, Sweden