Às vezes tenho ganas de matar a fera,
Que, como o fogo, ruge e se sacode inteira
Dentro aqui do meu ser intemporal. Eu quero,
Às vezes, num assomo de angústia, desespero,
Esquecer das minhas páginas em branco e andar,
Andar por uma via menos dura: achar
No corredor da consciência humana o som,
A minha voz reverberando outra canção.
Mas o meu coração é um soluçar discreto,
Um tique-taque eterno pendurado num prego
Duma parede do meu ser intemporal
Que, para respirar, sufoca, esgana o mal,
Arranca-o pela raiz. E essa realidade
Ressurgente, uma propaganda da verdade,
Convence-me a seguir em frente, sempre em frente...
O tempo... O tempo é o meu amor inteligente.
Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/o_limiar_da_lucidez/2012/02/demissivel.html#ixzz1lu7d2Wop
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