Eu não suporto ver uma impossibilidade
Olhar-me nos olhos austera e fixamente
Como se o meu desejo fosse incoerente
E me servisse muito mais a realidade
Cotidiana de que se serve toda a gente.
Ora, o meu talento é a expressão da honestidade
Em que Deus se meteu ao criar a humanidade.
Não pode ser portanto aquele incoerente.
Mas descubro que o é. E o que acontece em mim,
Dentro de mim, comigo, é uma explosão total
E esquizofrênica da realidade em si:
O vergastar do vento muda a direção
Do meu desejo... E o que ora me resta, afinal,
É só para eu poder não me esquecer de mim.
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